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Parque Capibaribe é apresentado em evento da ONU-Habitat

A convite da ONU-Habitat, a INCITI/UFPE participou do Encontro de Pensadores Urbanos de Alagoas, conferência que aconteceu de 16 a 19 de outubro, na Unit – Centro Universitário Tiradentes, na cidade de Maceió, em Alagoas. Durante o encontro, pesquisadores da INCITI/UFPE foram convidados a participar das mesas de debates, de um hackathon e também do grupo que contribuiu na construção do documento-síntese do evento. O evento foi uma iniciativa ONU-Habitat, em parceria com o IAB – AL, a Unit e o Detran – AL.

A participação começou no dia 16/10, no Eixo Mobilidade, com o pesquisador Djair Falcão trazendo o “óbvio” para provocar reflexões sobre a caminhabilidade. Neste mesmo dia, Raquel Meneses e Natan Nigro, também pesquisadores da INCITI, apresentaram as pesquisas que fazem parte do Parque Capibaribe e também levaram as experiências de participação social utilizadas no projeto, como por exemplo o caso da Beira Rio das Graças, que teve no Dia das Crianças um momento marcante de diálogo com a comunidade.

No dia seguinte (17/10), a coordenadora da INCITI, Circe Monteiro, participou do Eixo Direito à Cidade com uma apresentação que tratou sobre a sustentabilidade dos movimentos sociais a partir do Ocupe Estelita. Segundo a arquiteta e urbanista, o principal desafio é de articulação. “Dentro da Prefeitura do Recife tem secretários e técnicos alinhados com movimentos de baixo. Existem pessoas tanto do “top”quanto do “down” que estão alinhadas. A questão é como a gente se articula”, disse. ⠀⠀

Natan Nigro, coordenador de ativação da INCITI/UFPE, também foi convidado para participar do júri que avaliou os grupos que participaram do Hackathon Pinheiro, que aconteceu no dia 19/10 e teve como objetivo promover o desenvolvimento de soluções inovadoras para os bairros do Bebedouro, Mutange e Pinheiro, todos localizados na cidade de Maceió. A atividade aconteceu em parceria com o SEBRAE/AL.

Com a mediação de Evelyn Gomes, que utilizou metodologias do LabHacker, o hackathon contou com a monitoria de Raphael Augusto (IDEAL); Fellipe Malta (ENGAPP); Ryzzan Salman (NTECH); Glauber Xavier (Saudáveis Subversivos); e Fernanda Gusmão (SEPLAG/AL). O corpo de jurados contou com Bruna Augusto (Júnior Achievement); Daphne Besen (Onu-Habitat); Isadora Padilha (IAB-AL); Natan Nigro (INCITI/UFPE); Renan Silva (DETRAN-AL); e Cristina Albuquerque (SOS Pinheiro).

Após 12 horas de atividades e a partir dos critérios – interesse público; criatividade e inovação; implementação e usabilidade; e documentação e replicabilidade, o hackathon escolheu os três projetos que farão parte do programa de incubação do SEBRAE/AL. São eles:

  • Histórias do subsolo:
  • Dados Rápidos Participativos:
  • Rede CoCriar

Segundo Isadora Padilha, coordenadora do Hackathon Pinheiro, os projetos escolhidos terão o apoio do SEBRAE/AL. “Durante três meses os vencedores poderão utilizar a infraestrutura do órgão e terão o apoio técnico na gestão e no desenvolvimento de um negócio social”, explica a organizadora. Segundo ela, outros projetos elaborados no hackathon também podem fazer parte da aceleração. “Além disso, o SOS Pinheiro (grupo de moradores do bairro) se comprometeu a abraçar todos os projetos e o IDEAL irá abraçar o projeto EmpatiCidade”, revela.

Criança e Natureza: “A horta nos tirou da internet e fez a gente botar a mão na terra”

por Rodrigo Édipo

A relação das crianças com o entorno natural auxilia o seu desenvolvimento em diversos aspectos – intelectual, social, emocional, espiritual e físico. Contudo, a vida nas cidades contemporâneas tem distanciado os pequenos da natureza. Com o objetivo de destacar iniciativas locais de diferentes áreas que já atuam em projetos que resgatam esse contato, o programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, em parceria com a INCITIPesquisa e Inovação para as Cidades, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realizou o Encontro Criança e Natureza – Recife, dia 11 de maio de 2019, no Jardim do Baobá, espaço público localizado na margem do rio Capibaribe.

O evento, que teve apoio da Prefeitura do Recife e do projeto Lindeza, proporcionou momentos de interação entre crianças e adultos, com atividades de brincar livre na natureza e rodas de conversa com pessoas de diferentes vivências para trocas de experiências sobre os benefícios do contato com a natureza e os espaços urbanos para o desenvolvimento pleno e integral na infância. O encontro também contou com atividades do Ribe e os Aventureiros do Capibaribe, publicação e ferramenta metodológica desenvolvida pela INCITI/UFPE em parceria com a Prefeitura do Recife. 

Pela primeira vez no Recife, o evento também já aconteceu em cidades como Florianópolis, Natal, Brasília e Goiânia. “A ideia dos encontros regionais é ampliar o tema nas diferentes regiões do Brasil. A gente fomenta a criação de redes locais de ações e iniciativas que já trabalham com o tema e favorecem essa conexão da criança com a natureza. O interessante dos encontros é que essas ações, que podem ser desenvolvidas por diferentes setores da sociedade, muitas vezes não são vistas como parte de um mesmo movimento”, explica Paula Mendonça, assessora pedagógica do programa Criança e Natureza. A educadora também é uma das diretoras do documentário Waapa, que é fruto de uma pesquisa sobre a infância, a vida comunitária e espiritual no Parque Indígena do Xingu.

Circe Monteiro (à esq.) e Paula Mendonça realizaram as falas de abertura. Foto: Natália Regina/Paulo Vilela

A Profa. Circe Gama Monteiro, coordenadora da INCITI/UFPE, alertou para a responsabilidade de olharmos as crianças com mais dignidade. “É necessário levarmos a sério o desenvolvimento emocional, afetivo, espiritual das crianças para que revelem dentro de si os seres humanos que são, com todo os potenciais desabrochados e desenvolvidos. E sabemos que a relação com a natureza é um dos aspectos mais importantes disso”, pontua. 

Gandhy Piorski. Foto: Natália Regina/Paulo Vilela

Durante o encontro, a importância do brincar livre como prática primordial na primeira infância foi reconhecida e, através da fala inspiradora do artista plástico e educador, Gandhy Piorski, foi pautada a necessidade de abrirmos caminhos para que o mundo imaginário das crianças aflore. “A forma de dialogar brincando com o mundo só pode acontecer porque a criança imagina. É uma faculdade de encantamento”, relata.  A palestra do educador encantou o público presente, que teve a oportunidade de conhecer melhor as ideias que envolvem a pesquisa que desenvolve sobre a cultura da infância. Gandhy Piorski lançou em 2016 o livro Brinquedos do Chão (editora Peirópolis), que investiga as diversas representações do brincar e do brinquedo.

Nas rodas de conversa, mediadas pelo pedagogo Gabriel Santana (INCITI) e o engenheiro ambiental Djair Falcão (INCITI), estiveram presentes a representante do Fórum em Defesa da Educação Infantil em Pernambuco, Célia Santos, o professor Hildemarcos Florêncio, da Escola Humberto Castello Branco; a Mestra em Psicologia Cognitiva pela Universidade Federal de Pernambuco, Ana Carolina Perrusi; a Gerente de Projetos Especiais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, Adryana Rozendo; o Diretor Executivo de Gestão Pedagógica da Prefeitura do Recife, Rogério Morais; a professora de direito ambiental e direitos humanos, abian (filha de santo) do Ilê Axé Oxalá Talabí, Ciane Alves; além da participação do Coletivo Massapê e do estudante e morador da comunidade de Vila Santa Luzia, Geovane dos Santos Ribeiro.

PARA ALÉM DOS MUROS

Geovane falou sobre experiência em horta comunitária. Foto: Natália Regina/Paulo Vilela

O encontro provocou reflexões sobre a possibilidade das escolas extrapolarem os próprios muros e promoverem experiências nas comunidades e “naturezas próximas”, incentivando o protagonismo de alunos e alunas em experiências pedagógicas que interagem com o território. Assim, foram apresentados exemplos como hortas em canteiros, que de maneira simples, proporcionam experiências afetivas e facilitam o vínculo das crianças com o ambiente que as cerca, desencadeando assim um senso de cuidado e respeito à natureza.

Capivaras de papelão fizeram sucesso entre as crianças. Foto: Natália Regina/Paulo Vilela

Como é o caso de Geovane dos Santos, 12 anos, morador da Vila Santa Luzia, comunidade da Zona Norte do Recife, que cooperou de forma voluntária na estruturação de uma horta comunitária no bairro onde mora e assumiu responsabilidades de gestão que, no senso comum, seriam destinadas para uma pessoa com mais idade. “A participação na estruturação da horta ajudou a gente a aprender o que é veneno para as plantas. A horta tirou a gente da internet e fez a gente botar a mão na terra, ter noção de coletividade e aprender junto sobre o território”, relata o jovem.

Diretor pedagógico da Escola Humberto Castello Branco (Recife), o Prof. Hildemarcos Florêncio promove ações com estudantes na Mata do Engenho Uchôa, Área de Proteção Ambiental (APA) de 192 ha, localizada na Zona Oeste do Recife. “Estamos por quase duas décadas realizando projetos ambientais com estudantes e conseguimos levar a zero uma evasão escolar que antes era de 55%”, contextualiza o professor, que também participa de movimentos sociais em prol do meio ambiente.

Ciane Alves, pesquisadora em direito ambiental e abian (filha de santo), trouxe a experiência educativa de 30 anos na comunidade tradicional onde vive. “O Ilê Axé Oxalá Talabí trabalha com educação há 30 anos e se constitui como escola de ensino fundamental devido à formação da matriarca do terreiro, e isso começou a ser feito porque a escola tradicional, além de ter o preconceito, não dá conta do aprendizado da comunidade religiosa”, explica.

Para a Prof. Ana Carolina Perrusi, do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), existe uma importância estratégica e urgente em estimular a relação entre a criança e a cidade. “É uma chance de reverter o caos em que a cidade se transformou. Minha proposta é que se promovam mais discussões como essa, formando redes locais que tragam o assunto na pauta”, indica.

O gestor público Rogério Morais aposta em um formato que una vários setores. Foto: Natália Regina/Paulo Vilala

Rogério Morais, Diretor de Gestão Pedagógica da Prefeitura do Recife, enxerga que o desafio é  intersetorial. “É preciso articular diversos atores para que tenhamos atenção ao que as crianças nos têm a dizer, para entender de fato as suas reais necessidades”, ressalta. Para a arquiteta Adryana Rozendo, gerente de Projetos Especiais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, a questão também é de fomentar o pertencimento. “É preciso estimular que as crianças se percebam enquanto cidadãs e agentes de transformação ativa das cidade”, defende.

O encontro contou também com a apresentação musical do grupo “Pirão Bateu da Xambá”, formado por pré-adolescentes membros da comunidade quilombola afro-brasileira Nação Xambá. O trabalho artístico é resultado das ações sociais realizadas pelo Grupo Bongar, no Centro Cultural Grupo Bongar, na comunidade Xambá.

ENCAMINHAMENTOS SUGERIDOS

1) Cobrar a execução de um Plano Municipal pela Primeira Infância (PMPI) na cidade do Recife;
2) Revisão do Plano Diretor do Recife tendo em vista a implementação de instrumentos que tenham incidência na vivência das crianças;
3) Avaliar a possibilidade de formação de uma rede de articulação Criança e Natureza em Recife.

Jardim do Baobá recebe Encontro Criança e Natureza, dia 11 de maio

Evento acontece pela primeira vez em Pernambuco e visa compartilhar experiências que favoreçam a relação das crianças com a natureza e o meio urbano

O contato direto das crianças com o ambiente natural contribui para o seu desenvolvimento social, intelectual, emocional, espiritual e físico. Entretanto, a vida nas cidades tem afastado as crianças da natureza. Com o objetivo de destacar iniciativas locais de diferentes áreas que já atuam em projetos que resgatam essa relação, o programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, em parceria com a INCITI – Pesquisa e Inovação para as Cidades, rede de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realizam o “Encontro Criança e Natureza”, dia 11 de maio (sábado), das 13h às 19h, no Jardim do Baobá, marco inicial do projeto Parque Capibaribe, em Recife. As inscrições já estão abertas e são gratuitas. O evento tem apoio da Prefeitura do Recife e do Projeto Lindeza.

O “Encontro Criança e Natureza – Recife” proporcionará momentos de interação entre crianças e suas famílias, com vivências de brincar livre na natureza, promovidas pelo Projeto Lindeza e atividades do Ribe e Os Aventureiros do Capibaribe, com o autor Allan Chaves, além de um piquenique colaborativo no jardim, em que o público será incentivado a levar lanches para compartilhar. A proposta do encontro é reunir diferentes grupos, como representantes de instituições governamentais, acadêmicas, de associações civis, escolas, movimentos sociais agentes de saúde, a fim de sensibilizar e catalisar novas oportunidades para a construção de uma cidade mais humana e amiga das crianças.

“Os encontros regionais têm como objetivo trazer a dimensão intersetorial do tema criança e natureza, além de mapear, integrar e proporcionar a troca de experiência de diferentes regiões, com seus saberes e práticas específicas. Em Recife não vai ser diferente: o encontro deseja estimular o olhar, provocar reflexões e troca de conhecimentos. Desejamos acolher, compartilhar e multiplicar iniciativas locais, de forma que os benefícios da ocupação dos espaços públicos, da cidade como um todo sejam positivos para todo mundo”, explica Laís Fleury, coordenadora do Criança e Natureza.

Allan Chaves, criador do Ribe do Capibaribe, realizará atividades com crianças. Foto: Rafa Medeiros

Circe Gama Monteiro, coordenadora da INCITI/UFPE, chama atenção para a questão do desemparedamento da infância, desafio contemporâneo que tem afastado as crianças do espaço público e do contato com a natureza. “Como irão sonhar a cidade que irão criar e o mundo que irão habitar? Nossas crianças precisam ser crianças, precisam brincar livres, descobrir e desobedecer as limitações que lhe são impostas. Este evento promete trazer pessoas para reaprenderem como respeitar a natureza das crianças”, pontua.

O educador e artista plástico, Gandhy Piorski, é um dos convidados do encontro. Foto: Tathyana Genova

Rodas de conversa: Além das vivências na natureza com crianças, jovens e adultos, a programação do “Encontro Criança e Natureza – Recife” contará com a participação do educador e artista plástico, Gandhy Piorski, que abrirá o evento com uma fala inspiradora sobre a relação da criança com o ambiente a sua volta. A programação continuará com duas rodas de conversa, formada por pessoas de diversas áreas de vivência, que trarão olhares para o tema do evento a partir dos seguintes eixos: urbanismo, educação, cultura e saúde.

Para a participação nas rodas, a organização do encontro já confirmou as presenças de Célia Santos, representante do Fórum em Defesa da Educação Infantil em Pernambuco; do professor Hildemarcos Florêncio, da Escola Humberto Castello Branco; da Mestra em Psicologia Cognitiva pela Universidade Federal de Pernambuco, Ana Carolina Perrusi; do Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, Guilherme Calheiros; do Diretor Executivo de Gestão Pedagógica da Prefeitura do Recife, Rogério Morais; além da participação do Coletivo Massapê e do estudante e morador da comunidade de Vila Santa Luzia, Geovane dos Santos Ribeiro.

Sobre o Instituto Alana

O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em programas que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.

Serviço:
Quando: Sábado, 11 de maio de 2019
Horário: Das 13h às 19h
Onde: Jardim do Baobá, que fica na R. Madre Loyola, Jaqueira, Recife – PE
Inscrições gratuitas: http://bit.ly/cenrecife
Informações: info@inciti.org | 3037-6689

Programação

A partir das 13h
Acolhimento com mesão de frutas

14h às 18h
Atividades de Brincar Livre com Projeto Lindeza + Ribe e Os Aventureiros do Capibaribe

15h às 16h30

Roda de conversa: Cidade e Natureza: Como promover territórios de brincadeira e aprendizagem?

  • Hildemarcos Florêncio (Projeto pedagógico Escola Humberto Castello Branco)
  • Célia Santos (Fórum em defesa da educação infantil de Recife e Pernambuco)
  • Rogério Morais (Diretor Executivo de Gestão Pedagógica da Prefeitura do Recife)

16h45 às 18h15

Roda de conversa: Como tornar a cidade viva para as crianças?

  • Adryana Rozendo (Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife)
  • Ana Carolina Perrusi (Centro de Educação UFPE)
  • Lucas Izidoro (Coletivo Massapê)
  • Geovane dos Santos Ribeiro (estudante e morador da Vila Santa Luzia)

18h15 às 19h

Encerramento

Mostra de Cinema Cidade em Movimento acontece no INCITI nesta quinta (20)

Um cineclube com jeito de provocações urbanas, que terá como tema a mobilidade e o meio ambiente. Assim será a sessão da Mostra de Cinema Cidade em Movimento, que acontece nesta quinta-feira (20), às 19h, no INCITI – Pesquisa e Inovação para as Cidades, no Recife Antigo. A exibição integra o Cidade que Flui, movimento articulado de várias entidades para celebrar o Dia Mundial Sem Carro, e também o programa Casa Comunidades, do Fundo Socioambiental Casa. A entrada é gratuita.

Nesta quinta (20), serão exibidos os curtas Andarilho, de João Lucas, que mostra o cotidiano de Gerson, cidadão que escolheu andar a pé nos seus deslocamentos urbanos; Dia de Fúria, de Rafael Amorim, traz um cenário do estresse gerado pelo trânsito na cidade; Travessia mostra a importância do barco para a mobilidade e Fim dos Carros apresenta o desejo de fugir dos engarrafamentos, ambos de Hugo Coutinho; e ainda Exília, de Renata Claus, que retrata o estado iminente de desterritorialização em que se encontra a ilha de Tatuoca, em Pernambuco. Haverá ainda o média metragem, Levante, de Barney Lankester-Owen e Susanna Lira, que trata sobre o uso da tecnologia para transformação social.

Ao final da sessão será realizado um debate, com a participação da coordenadora da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace, Luiza Lima, do integrante do Bigu Comunicativismo, Emerson Cunha, da colaboradora da Rede de Articulação pela Mobilidade (Ramo), Camila Fernandes, com mediação dos pesquisadores do INCITI/UFPE, Nathália Machado e Caio Scheidegger.

A Mostra de Cinema Cidade em Movimento continua até o sábado (22), com sessões gratuitas na Reciclobikes, na Encruzilhada, e na Estação Central do Metrô do Recife. A culminância do Cidade que Flui será no sábado (22), com um rolê intermodal de bike, da comunidade de Santa Luzia até a Ilha de Deus; de barco, da Ilha de Deus até o Cais de Santa Rita; e a pé, do Cais de Santa Rita até o Marco Zero. Quem for de busão ou de metrô, pode dar uma chegada na Estação Imbiribeira, que é pertinho, pra chegar na Ilha de Deus e pegar o bonde de barco, ou descer na Estação Recife e ir pro Cais de Santa Rita pra seguir com a galera em caminhada.

No Marco Zero, às 16h, acontece o debate Cidade que Flui, para discutir uma cidade mais humana, mais limpa e com menos carros, e logo em seguida shows com a Banda DeLeão, Afoxé Babá Orixalá Funfun, DJ Célio do Vinil e Isaar.

Para saber mais: http://bit.ly/CidadeQueFlui

Cidade que Flui – Um grupo de 14 organizações da sociedade civil atuantes no debate sobre mobilidade urbana da Região Metropolitana do Recife estão realizando, desde a quarta-feira (19), uma série de ações visando pôr em pauta e nas ruas as discussões do Dia Mundial Sem Carro, comemorado no dia 22 de setembro. Sob a chamada “Cidade que Flui”, as ações são compostas por mostra de cinema, debates sobre mobilidade urbana, gênero e questões ambientais, lançamento de app para ciclistas, sugestão de rotas alternativas com bicicleta, barcos e a pé, aliados ao uso do transporte público, e apresentações culturais. As ações são abertas ao público e visam estimular a discussão sobre o uso de modais ativos assim como do transporte público e dos barcos para uma cidade mais livre, coletiva, sustentável e segura nas opções de mobilidade.

Participam das ações do Dia Mundial Sem Carro, no Recife, as seguintes organizações: Bigu Comunicativismo, Greenpeace Brasil, Centro Popular de Direitos Humanos – CPDH, Ameciclo, Bike Anjo PE, INCITI, Observatório do Recife, Grupo Mulher Maravilha, Ação Comunitária Caranguejo Uçá, Coque (R)existe, Sindmetro/PE, Frente de Luta Pelo Transporte Público, Coletivo Massapê e MARÉ – Mostra Ambiental do Recife, em parceria com os projetos Olhe Pelo Recife e MobCidades.

Fundo Casa – O INCITI foi uma das instituições contempladas pelo Fundo Socioambiental Casa, com o projeto Provocações Urbanas, que envolve a realização de um mapeamento de atores locais e regionais, através de experiências de formações, debates e seminários, buscando traduzir contribuições acadêmicas para as redes e os grupos locais. A ideia é possibilitar uma maior incidência em políticas públicas e nas suas respectivas ações e esta é a primeira ação do projeto, que será desenvolvido ao longo de nove meses.

Confira a programação completa do Cidade que Flui:

20/09 | quinta
19h – INCITI (R. do Bom Jesus, 191, Recife Antigo)
Andarilho (João Lucas, 2015)
Travessia (Hugo Coutinho, 2015)
Dia de Fúria (Rafael Amorim, 2015)
Fim dos Carros (Hugo Coutinho, 2015)
Exília (Renata Claus, 2016)
Levante (Barney Lankester-Owen e Susanna Lira, 2015)

21/09 | sexta
19h – Reciclo Bikes (Mercado da Encruzilhada, Largo da Encruzilhada)
Capibaribes (2015, doc), de Canario Caliari
Chega de Fiu Fiu (2018, doc), de Amanda Kamanchek e Fernanda Frazão

22/09 | sábado
9h – Estação de Metrô Recife (R. do Peixoto, São José/Centro)
Lá do alto (2016), de Luciano Vidigal;
História natural (2014), de Júlio Cavani
Pequena área (2014), de Tiago Martins Rêgo e Sebba Cavalcante;
Bike Gelo Baiano (2015), de Jacaré Vídeo
Miró – preto, pobre, poeta e periférico (2008), de Wilson Freire

22/09 | sábado
Trajetos
Bicicleta: Concentração a partir das 10h, no Parque Santana; saída às 12h em direção à Ilha de Deus (Rioteca), e às 14h em direção ao Cais de Santa Rita/Marco Zero

Barco: Concentração a partir das 13h na Ilha de Deus (Rioteca), com debate e visita à comunidade; saída às 14h30, em direção ao Cais de Santa Rita/Marco Zero.

Ônibus/Caminhada: Saída às 14h de Nova Descoberta (Sede do Grupo Mulher Maravilha) de ônibus, com descida no Cais de Santa Rita.

Marco Zero
16h – Debate Cidade Que Flui, com representantes das organizações realizadoras

+     Shows de:
Afoxé Babá Orixalá Funfun
DeLEÃO
DJ Célio do Vinil
Isaar